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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Bissexualismo e homossexualismo

O bissexualismo, sem dúvida, é uma posição muito mais complexa do que podemos imaginar. Isso deve-se não só ao preconceito, mas também á dificuldade do próprio indivíduo em se entender como sendo um bissexual. Como sentir atração por pessoas dos ambos os sexos sem entrar em conflito com tudo o que se aprendeu no decorrer da vida? As especulações á parte, o certo é que ninguém escolhe sua condição sexual. Pode-se optar por assumí-la ou não, mas as pessoas simplesmente são assim. Por volta dos 7 anos, a sexualidade do indivíduo já está formada, começando a aflorar e revelando-se através das atitudes mais inocentes. Obviamente, nessa fase não podemos considerar a sexualidade como a conhecemos na idade adulta, mas, podemos observar comportamentos que analisados, podem nos dar indícios da sua presença.

É na adolescência, quando passamos a viver a sexualidade mais intensamente, seja de uma maneira mais ativa ou mesmo involuntariamente, que finalmente começamos a definí-la. É também nessa fase, já naturalmente tão cheia de conflitos internos, que certas pessoas começam a sentir algo diferente, que destoa de toda a educação recebida. Ele tem uma sensação de estranheza, porque em toda sua infância a sociedade o educou para se tornar heterossexual. Então surgem graves confusões nos seus princípios que se misturam com seus sentimentos, gerando assim grandes conflitos. Ele começa a pensar na homossexualidade, mas, ainda assim sente que não se encaixa nessas características. Como se isso não bastasse, a atração pelo sexo oposto continua presente, assim como pelo mesmo sexo. Mais incompreendida do que a homossexualidade, essa dualidade de sentimentos sofre um duplo preconceito: os heterossexuais a chamam de "sem vergonhice" como se o bissexual fosse um ser "sedento por sexo" e os gays a consideram como uma "homossexualidade mal resolvida". Na verdade, o bissexualismo não se encaixa em nenhum desses conceitos, sendo mais uma opção sexual e comportamental.

Há mesmo muito mais entre os lençóis do que simples casais fazendo sexo. Renato Russo, que já assumiu em letra de música gostar de meninos e meninas, extrapola a escala Kinsey e se auto-define pansexual. O que isso quer dizer? Seria um comportamento múltiplo e irrestrito.  Muitos bissexuais simplesmente negligenciam um dos lados da sua opção, acreditando ser realmente só um desejo passageiro. Porém, acabam passando a vida inteira com esse lado ali, presente, como se o estivesse incomodando, já que ele "escolheu" viver apenas o outro lado. A tentativa de reprimir um dos lados da sexualidade bissexual é infrutífera, e pior, viver só um dos lados faz com que a vontade de estar com o que "falta" é cada vez mais intensa. Ser bissexual é tão natural quanto ser heterossexual ou homossexual e faz parte de você. A sua felicidade só você pode fazer e deixar-se influenciar por preconceitos retrógados somente fará com que você seja cada vez mais infeliz. Seu caráter jamais mudará ou será dirigido conforme sua opção sexual.

Como mulher, permito-me analisar com mais clareza e isenção. Homens escreveriam que é feio e pronto. Vamos falar de futebol que essa conversa é de maricas! É feio? Não sei. Nunca vi. O mais próximo que cheguei do amor entre dois homens foi em filmes voltados para o público gay. Entre as mulheres, o bi é sempre bem vindo quando não é imposto. É um ótimo início de entrosamento entre os casais mais tímidos. Começamos com leves toques e alguns minutos depois, os companheiros sentem que são bem vindos pela outra esposa e arriscam discretos toques iniciais. Até onde vão esses toques cabe-nos a nos permitir. Os companheiros acham muito excitante ver duas ou mais mulheres juntas. Eles param para nos ver e adoram a cena.

Às vezes causa-me desconforto pensar que a feminilidade (na concepção deles) é algo tão pouco concreto que ela não se abala se nos tocamos. Mas que a masculinidade - essa sim, um baluarte a ser defendido - não poderia jamais resistir ao contato com outro homem. Parece-me uma volta aos tempos medievais onde se acreditava que não tínhamos alma. Ou pelo menos valíamos pouco não por sermos mulheres, mas somente por não sermos homens. No entanto, com a complacência e sensatez feminina, vejo que não fazem por mal. Acreditam que o Bi não fere nossa feminilidade porque, aos olhos deles, o corpo da mulher é tão desejado que até uma mulher pode sucumbir aos seus encantos. Pode ser... Eu que não me rotulo bi, aceito-o e o pratico até certo ponto. Quanto ao bi masculino, continuo como vocês sem respostas; apenas fazendo conjecturas e tentando imaginar que eles teriam medo de não serem tão respeitados como homens porque se permitiram explorar um corpo semelhante. São centenas, milhares de anos condenando que um homem deseje outro homem. Não podemos querer que eles se desfaçam de uma cultura tão arraigada em tão pouco tempo.

A comunidade liberal é tão conservadora em certos pontos como qualquer associação de preservação aos bons costumes. Um casal em que ambos já foram Bi será sempre alvo de rejeição, portanto discrição é fundamental.
Não se enganem em pensar que no Swing tudo se pode. Muito se pode. Apenas isso. Importante lembrar a máxima swinger que diz: Tudo é permitido, mas nada é obrigatório.


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